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Que Amor É Este

"without music life would be a mistake" Friedrich Nietzsche

Que Amor É Este

#91 O Que Eu Ando a Ouvir - Playlist 13

20.06.18 | MikaelKatso

O Calor! 

Esta bipolaridade do São Pedro voltou a manifestar-se forte esta semana com dias sempre quentes, mas com sol, trovoada e até com bastante chuva. No entanto por aqui eu fui tudo menos bipolar e mantive-me completamente fiel a uma playlist 100% nacional com vários clássicos que se calhar já não se lembravam e com umas coisas novas.

Já agora não sei se já por la passaram mas finalmente este blog tem uma pagina de facebook funcional e em condições e posso jurar solenemente que vai haver musica por lá todos os dias. Deixem um bocadinho do vosso amor por lá em forma de like AQUI.

Ah é verdade, comam um gelado por mim que estes dias não posso e não consigo  pensar em mais nada 

Lado A

1. Sloppy Joe O Calor 2. Tiago Saga Green Buttons 3. Luis Severo Cara d´Anjo 4. Filipe Sambado Deixem Lá 5. Whales Big Pulse Waves

Lado B

6. Slow J Cristalina 7. Linda Martini Putos Bons 8. Paus Mo People 9. Modernos Dia de Sol 10. Best Youth Midnight Rain

#90 Indie a Todo o Gás

19.06.18 | MikaelKatso

Estes dias de sol e calor com muitos mergulhos, bebidas frescas e com aquelas noites amenas perfeitas para ficar a conversa na esplanada (uma das minhas coisas favoritas) fazem lembrar já aqueles dias de verão no teu festival favorito.

Dentro do assunto nada melhor que receber noticias de um dos festivais mais bonitos e mágicos da zona norte. O Indie Music Fest soltou hoje cá para fora mais uma fornada de nomes de onde se destacam os Papercutz (um dos projectos da Emmy Curl), Filipe Sambado e os seus acompanhantes de luxo e Tresporcento (a ultima vez que os vi foi no Dbandada no pequenino Rua e foi um concerto tremendo!) que se juntam a Quadra e Keep Razors Sharp como os grandes destaques (até agora) do festival.

De referir também que os bilhetes até dia 15 julho estão a apenas 20e com direito a campismo no bosque magico (quem já foi sabe do que eu falo). Se nunca foram ao Indie tem aqui uma boa oportunidade para virem conhecer o já mitico Sr Cruz e os seus animais da quinta e claro ouvirem boa musica num ambiente do melhor que podes encontrar em qualquer festival tuga.

O Indie Music Fest vai ser de 30 Agosto a 1 de Setembro no já referido Bosque Magico do Choupal em Baltar (Paredes). Vou deixar aqui um ou dois vídeos com alguns dos melhores momentos das edições anteriores só para abrir um bocadinho o apetite a quem não conhece.

Aqui deste lado já estamos em countdown!! 

 

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#89 Rock Nordeste - Dia 2

18.06.18 | MikaelKatso

Fim de festa para a edição de 2018 do rock nordeste num dia de imenso calor o festival registou a maior enchente de sempre numa noite em que Bonga foi rei e o Manel Cruz manteve o estatuto de lenda, foi o "desconhecido" Conan Osiris a não deixar ninguém indiferente.

Mas primeiro que tudo no coração de Vila Real logo ao inicio da tarde o Manel Cruz e o Luís Oliveira tiveram uma conversa descontraída e falou sobre o seu processo de criação, Ornatos, sobre o disco novo e sobre como o Neil Diamond foi a banda sonora da noite em que perdeu a virgindade.

No regresso ao parque do corgo e mesmo com bastante calor a Surma e o "antwerpen" conseguiram arrancar muita gente das sombras e das margens do rio e abriu da melhor forma do dia (já vi muitos concertos mas ela consegue sempre tornar cada um diferente e especial) seguida por um Mazgani com um belo concerto rock sempre em crescendo. Depois Conan Osiris, desconhecido para muitos mas praticamente unânime como um dos concertos do Nordeste. Todas as pessoas com quem conversei destacaram Conan como a surpresa ou o favorito. Ele que é uma mistura entre Fado, António Variações, Bollywood com um toque gipsy no meio de outras coisas. Parece estranho mas tudo isto resulta muito bem num espectáculo que marca e deixa toda a gente a cantar "Eu Adoro Bolos".

A fechar o Rock Nordeste tivemos duas lendas, Bonga e Manel Cruz os dois com a maior enchente de sempre no festival e os dois com musicas que atravessam gerações e culturas. Estava super curioso e na expectativa para ver Bonga e foi muito maior e melhor do que imaginava, o Angolano domina o palco e o publico e não deixou uma única pessoa parada num concerto onde não faltaram os clássicos, Cesaria e musicas dos primeiros discos. Posso dizer que dancei do inicio ao fim (e não sei dançar).

Manel Cruz nunca me desilude e mesmo não tendo cantado a muito pedida "ouvi dizer" não faltaram clássicos como "capitão romance", "ovo", "canção triste" ou "borboleta" e tenho a certeza que voltou toda a gente feliz para casa. Alias voltaram mas não logo a seguir porque o recinto manteve-se praticamente cheio durante o Djset de Enchufada com toda muita pessoas a dançarem até fecho por volta das 4h.

Depois destes dois dias acho que eu e muita gente ficou a perguntar-se o mesmo... falta muito para 2019?

#88 Rock Nordeste - Dia 1

16.06.18 | MikaelKatso

Numa noite perfeita de primavera (agora sim!) o belíssimo parque do corgo voltou a encher-se de gente para o primeiro dia daquele que já é um dos momentos mais esperados do ano na cidade. A edição deste ano abriu portas mais cedo para o primeiro jogo da selecção no mundial e foi também a oportunidade perfeita que muita gente aproveitou para acabar a tarde a relaxar na relva do amplo e super confortavel recinto.

Mas o inicio a serio estava marcado para as 22h no Palco Teatro onde os First Breath After Coma se juntaram a Banda de Musica de Mateus para dar um concerto muito especial e único que juntou varias gerações tanto no palco como numa bancada praticamente cheia. A simbiose entre as duas bandas foi perfeita e fez com que muitas das pessoas não conseguissem ficar paradas e houve imensa gente a ir para a frente e dançar principalmente nos singles Salty Eyes e Umbrae onde o encaixe entre os músicos em palco foi perfeito. Uma ideia totalmente ganha.

Cicero abriu o Palco Parque mas deu um concerto que me pareceu algo morno, talvez por muita gente não conhecer o musico brasileiro ou as suas canções. No entanto a Tempo de Pipa ou a Açúcar ou Adoçante foram trunfos e ainda conseguiram arrancar muitos sorrisos e suspiros.

Para o fim ficou o melhor e os Capitão Fausto deram o concerto do dia. Cheio de energia, de moches, muita muita gente a dançar e com uma setlist de luxo onde não faltaram as musicas do disco novo mas também as incríveis Alvalade, Morro na Praia, Maneiras Más, Celebre Batalha de Formariz e ou os já clássicos Teresa e Verdade. Era difícil pedir melhor.

O DJ Firmeza ficou com a missão de fechar o dia a nordeste e consigou por a bater o pé as muitas almas que ainda circulavam pelo recinto e que ainda tinham energia depois de um super concerto dos Fausto.

Hoje (sábado) a festa continua e promete imenso, o dia vai começar cedo com uma conversa com a malta da antena 3 e o Manel Cruz e depois a partir das 18h vão passar pelo Parque do Corgo Surma, Mazgani, Conan Osiris, Bonga, Manel Cruz e os djs do Enchufada. Vai ser de certeza um dia em cheio.

Volto para casa hoje de sorriso na cara e de alma cheia. Até logo Nordeste 

#ligadosanordeste

#87 Primavera Sound - Dia 9

15.06.18 | MikaelKatso

Depois de dois dias a ameaçar a chuva veio em força para o ultimo dia do Primavera Sound de 2018 mas nem isso estragou a festa, de uma forma estranha e talvez romântica acabou por o tornar especial e único.

Chegar ao recinto cedo para conseguir uma das muito desejadas capas de chuva e seguir logo para o novo (e enorme) palco Seat onde o Luís Severo numa nova formação com banda abriram o dia com o belo concerto onde não faltaram os singles Planície, Escola ou Boa Companhia, que bela forma de começar o dia.

A partir daqui e já com a chuva a não dar tréguas destaco um muito bom concerto da Kelela (ainda tenho a Rewind as voltas na cabeça), o bocadinho que vi da Kelsey Lu (veio na lista de coisas a ouvir com mais atenção) e principalmente Joe Goddart. Ia com a expectativa de dançar a brava e não vim desiludido mesmo com um diluvio a cair do inicio ao fim. Depois a habitual visita a Casa Guedes e a nova (e muito concorrida) tenta Radio onde podias escolher o que ia passando até as 2h, puxei pelas memorias e fui buscar a Bad Kingdom dos Moderat que imensa gente reconheceu. Depois ponto positivo para a nova e super confortável localização do palco Primavera Bits com um belo arranque pela Caroline Lethô perfeito para manter a energia la em cima para o meu momento favorito de todo o dia, os War on Drugs. Se já gostava imenso fiquei ainda mais fã e houve uma multidão a cantar e a saltar com a Red Eyes ou com a An Ocean In Between the Waves. Perfeito! Um bocadinho menos feliz com um concerto morno dos Mogway e a espera de mais de Pulbic Service e Arca mas a compensar com muita musica boa na tenda radio com o Dj Kitten (que rodou Prince, Timberlake e varios classicos house)e um fechar em grande no Bits com o Talaboman.

Em resumo tive um dos melhores dias de Primavera Sound de sempre. Eu sei que isto parece estranho e provavelmente vocês se foram ou se tiveram amigos que foram vão dizer que a chuva foi uma treta e essas coisas, para mim foi precisamente o contrario. Normalmente tens imensa gente que vai por muitas razões mas não tanto pela musica, e desta vez em todos os concertos que fui houve quase sempre muita muita chuva (no do Joe Goddart então foi um absoluto diluvio) mas isso fez com que todas as pessoas que la estavam queriam mesmo ver os concertos e cantar, dançar e no fundo aproveitar ao máximo e divertir-se a brava. Vi imensos sorrisos e braços no ar e pés a chapinhar animadamente na relva molhada. Em War on Drugs estavam irlandeses, australianos e tugas ao meu lado e toda a gente saltou e cantou do inicio ao fim em união, tanto que no fim ficou toda a gente junta, e numa tradição muito nossa, a mesa a comer e beber para repor energias.

No fundo para mim a chuva trouxe ao de cima e deu importancia maior aquilo que mais importa durante o Primavera Sound, a MUSICA. Já diz o Joe Goddart (ou os Celeda se preferirem) "music is the answer to your problems, so keep on moving and you can solve them". E a musica resolveu tudo naquilo dia.

Até 2019 Primavera 

#86 O Que Ando Eu a Ouvir - Playlist 12

14.06.18 | MikaelKatso

As coisas que ando a ouvir esta semana sabem a saudades de um Primavera Sound muito molhado (mas incrível), a preparação para um Rock Nordeste que promete muito e depois a um amor e vicio pelo disco da Solange que não consigo de maneira nenhuma tirar da cabeça. Estou finalmente a tentar começar a ouvir o disco novo dos Arctic Monkeys, muito aos pouquinhos e com varias escapadelas para o AM confesso. Depois há Julie Byrne, Ariel Pink e os singles novos dos meus Best Youth, do Leon Bridges, da Melody e dos Salto.

Estão tantos discos bons para sair agora que parece que vamos ter um verão cheio de musica fresca (musica São Pedro não o tempo ok?).

Leon Bridges - Bad Bad News // Kelela - All The Way Down // Nicolas Jaar - Mi Mujer

Moderat - Bad Kingdom // Salto - Rio Seco // Poolside - Harvest Moon 

Daniel Caesar - Best Part // Solange - Cranes in the Sky // Chromatics - Black Walls

Florence + The Machine - Hunger // Atoms for Peace - Damage // Julie Byrne - Natural Blue

Foals - What Went Down // Yeah Yeah Yeahs - Sacrilege // Joe Goddart - Music Is The Answer

Best Youth - Nighfalls // Thom Yorke - Hearing Damage // Capitão Fausto - Teresa

#85 20 Anos de Silence Becomes It

10.06.18 | MikaelKatso

Sabem aqueles momentos em que de repente se sentem velhos e nostálgicos? Esta semana passam 20 anos sobre o lançamento do Silence Becomes It o disco de estreia e que catapultou para a fama os Silence 4.

Vinte anos acreditam, VINTE! Lembro-me perfeitamente do momento em que vi a cassete a primeira vez e de todo o tempo em que fiquei a olhar para ela, sempre achei piada a capa e a foto da janela. Tanto que me lembro que logo na altura cismei que tinha que comprar a cassete e que andei semanas a fazer recados para tentar juntar o dinheiro até que os meus pais umas semanas depois me levaram a loja de surpresa e me deram o resto do dinheiro para a trazer comigo. Foi o inicio da minha historia com um dos discos que mais companhia me fez ao longo de todos estes anos, perdi completamente a noção das vezes que ele rodou do inicio ao fim fosse no walkmen, no leitor de cds ou no mp3/spotify do telemóvel o Silence Becomes It é uma parte incontornável da minha ligação com a musica.

Tive a sorte de os conseguir ver duas vezes ao vivo, uma delas aqui mesmo na zona onde moro, mas infelizmente não nos últimos concertos de reunião que eles deram. Comprei os bilhetes na altura que eles foram postos a venda mas umas semanas antes tive uma lesão no joelho e na altura do concerto estava de cama e fui expressamente proibido de ir pelo medico. 

Esta semana também a Antena 3 fez referencia ao aniversario do disco com uma entrevista com a banda e o produtor sobre como nasceu o disco e como foi lidar com a fama de forma tão repentina, inesperada e intensa. Se não ouviram eu vou deixar aqui o link para o podcast. Se são fãs da banda tenho a certeza que vão gostar.

Os discos quando são bons nunca envelhecem pois não?